segunda-feira, 21 de maio de 2007

Túnel de Sombras Dispersas

Grito no escuro.
Baixinho para não acordar ninguém.
O sono foge de mim
como aquilo que não tenho.
As palavras entram-me pelos olhos e saem-me pela nuca
formando combinações estúpidas que não entendo.
Não penso; não sei pensar. Esqueci-me.
Não amo. Não sei amar. Esqueci-me.
Tento libertar-me
e voar, mas não.
Esta música, que me devia acalmar,
puxa-me os cabelos.
Terrível, o vento leva-a, ecoando,
fazendo-me lembrar outra vez
desta falta de nada, este deserto abundante...
Ainda falta tanto.


5 comentários:

Natacha Rostov disse...

Sabes que eu gosto muito de ti?

Pedro disse...

Claro que sei.
Claro que gosto. Como não?

Anónimo disse...

Haha, ou muito me engano ou eu estava ctg quando esta foto foi tirada... ;)

Anónimo disse...

sou só eu. A Francisca Inquieta. A dizer que me inquietas. A dizer que entras pelos olhos, passas pelas dores, arrepias os braços e acaba num 'tens razão'.

Olá Pedro*

Anónimo disse...

Porque não dominamos nós tudo o que nos diz respeito e controlamos os pensamentos e sentimentos?
Ou porque temos tanta dificuldade em que nos compreendam? em deixar que isso aconteça?o ser humano é viciado na dor propria. sua.
luta.. mas no fundo habitua.se a ela...

custa-me...