terça-feira, 15 de dezembro de 2009

projecto ou se as casas não tivessem telhado, dormíamos com estrelas no tecto

vou soprar a poeira dos móveis
sem ninguém saber;
(com cuidado,
para não tossir)
a sujidade entranhada
é a sujidade estranhada
porque parece que não está
lá.

vai mudar tudo de sítio.
tem de ser.
não importa querer
vamos é devagar
para não riscar o chão.

põe ali o tapete,
nesse vaso
plantas plantas.
quantas?
umas tantas
que cheguem para
voltar a dar vida
à vida que a vida não dá.

2 comentários:

flicka disse...

Parabéns, és o vencedor do sorteio Natalício - "Codex 632" do JRS. Aguardo morada via e-mail (o meu está no perfil)para posterior envio do livro.
FELIZ NATAL!

Daniela disse...

Esta familiaridade com que tratas as palavras e as dispões como se fosse algo tão simples e evidente é algo que admiro. Já o disse uma data de vezes e não deixo de o dizer: és um poeta. =)
Amo-te**