hoje não quero título nenhum
este foi o meu poema. espero que tenham gostado tanto como eu.
Amor é falar sem dizer nada.
Um calor no rosto: corar
E nos olhos, uma cor molhada.
É uma falta de ar
Que aperta com força os pulmões,
É um abraço e um olhar,
É um encontro de emoções.
Que sem fim, como o mar,
Com um beijo longo nos molha
Ou em choros secos se desfolha.
Este poema foi escrito em parceria com Sara Serra.
estou louco.
eu sei que estou louco.
não quero saber.
não me digam mais nada,
deixem-me escrever em paz.
parece que não vejo
parece que não vos vejo.
estou cego de loucura.
não me chamem mais nomes.
não me amem. odeio-vos por isso.
deixem o meu mundo sossegar,
ele gira depressa demais
e eu não entendo estas voltas,
estas mensagens que chocam contra mim
será que vos oiço? será que vos vejo?
acho-me numa embriaguez sinestésica!
não penso como devia
ou como acho que devia.
nem sinto os meus sentidos
e os sentimentos são jogos estranhos
que sabem mal: são amargos!
são como a música que não inspira
e fere os ouvidos.
enquanto me contradigo,
não te digo.
não peças mais, porque não vou dizer nada.
preciso de mais vinho.
qual é o meu copo?
Este blogue é resultado quase exclusivo da minha inspiração. Posso afirmar que ela é como o mar: umas vezes é doce e calma, não faz ondas, não se manifesta; e outras vezes explode em todo o seu esplendor e tem uma força capaz de partir rocha e de formar furacões.
Os gritos que escrevo são como o barulho das ondas, causam impacto e assustam ao princípio, mas acabam todos em espuma. A minha poesia vive neste ciclo sem fim: a morte de cada onda significa uma oportunidade de outra se poder mostrar.
Está aqui exposto um pedaço de mim: todos os sentimentos de que não consigo falar, todas as histórias que tenho medo de contar, todos os pormenores que tento dissimular. Peço por isso um empréstimo às palavras para que me auxiliem na tarefa de dizer o que penso e sinto. Dizem que as palavras não são de ninguém. De facto, não as posso considerar minhas, independentemente da infinitude de vezes que as escreva. Que as palavras sejam de quem as lê. E que quem as lê as deixe entrar pelos olhos dentro e as sinta como suas. Espero ter o prazer de adicionar alguma coisa ao mundo de alguém.
Sinta-se à vontade.